Viver, longa e curta jornada

Viver, longa e curta jornada

Por Silni de Lima
Em 02/08/2014

Como cigana me entrego a roda
Vou andarilha pelos mundos afora
Em prosa e verso aprofundo
Superfície e entranhas, um conjunto

Nem portos seguros
Nem segurança de lares
Nem proteção entre muros
Nem a ilusão de novos ares

Do repouso ao movimento
Do movimento ao repouso
Percebo o seguir reto
Girando a cada pouso

Nem cento e oitenta
Nem trezentos e sessenta
Nem graus
Nem degraus

Elevo-me a cada descida
Alimentando a minha alma
Declino-me a cada subida
Apelo ao ego: Calma!

Nas ondulações
Nas pulsões
As ondas me levam em pacotes
Dos oestes aos lestes
Dos sules aos nortes

Fincarei bandeiras a cada jornada
Levando-as comigo a cada retirada
Deixando-as irem aos ventos
Transmutando-se ao sabor dos elementos

Nenhum comentário:

Postar um comentário